quarta-feira, julho 21

Desaparecimento

Não tenho vindo aqui por não ter tido tempo (sabem como é nas ferias :b)
Para a semana publico algo decente e altero o layot do blog :)
See ya

quarta-feira, julho 7

Foi neste sitio que tudo começou, naquela tarde de Outono

Esta noite sonhei que eras novamente meu, que tinha voltado atrás no tempo e recuado até aquela tarde de Outono.
Voltei a sentir o teu cheiro, a tocar na tua pele, a sentir os teus lábios tocarem suavemente nos meus, a paisagem fazia lembrar-me uma floresta, arvores rodeadas de mais árvores cujas folhas caiam lentamente no chão molhado, deveria ter chovido naquela noite mas agora o céu estava estranhamente límpido. Lembro-me do som da brisa tocar levemente no rio como quem beija uma criança, os nossos passos pisavam as folhas secas e foi então que pela primeira vez disseste que me amavas.
Queria imortalizar aquela tarde como se fosse um filme, voltava a ver a mesma cena mil vezes sem me cansar e quando sentisse sono carregava no stop, quando acordasse a minha felicidade estaria á distância de um play.
Mas nada é assim tão fácil, e ainda bem, visto que assim nos sobra mais tempo para viver, para repetir não o mesmo momento mas outro igualmente bom…isso impediria que estivéssemos reduzidos a recordações, aquelas que neste momento me prendem.
Mas esta noite submeti-me há facilidade revi cada cena como se a estivesse a viver.
Esta noite eu fui novamente feliz, mas o problema dos sonhos é que não os partilhas a meu lado..
De que vale tudo o que vivemos se agora evitamos trocas de olhares? E que quando são inevitáveis já não me trazem um arrepio no estômago mas sim um calafrio incomodativo, um silencio constrangedor…
O mais irónico é que passava por todo o sofrimento outra vez só para te voltar a beijar daquela forma que só tu sabes...
«A pior forma de sentir a falta de alguém é estar sentado ao seu lado e saber que nunca a terá.»

terça-feira, julho 6

O meu coração está paralisado

O tempo vai passando e vou consumindo a dor, habituo-me a viver com ela, tal como quem se habitua a viver com a sua paralisia…
De inicio não queremos aceitar a ideia, e quando o fazemos só desejamos que a ‘recuperação’ seja rápida, após algum tempo percebemos que poderá demorar mas, a saudade de ‘andar’ é tão forte que fazemos de tudo para o conseguir mais rapidamente…cometemos loucuras, a maioria em vão.
Só quando nos apercebemos que poderá nunca voltar damos valor ao que tivemos e o quanto somos estúpidos em não ter aproveitado…
Nunca esquecemos o que aconteceu mas como há pouco ou nada a fazer agarramo-nos ao passado e ao que desejamos ter, aquilo que um dia possuímos e não conseguimos manter, e a verdade é que só damos o devido valor a algo quando o perdemos.
«Posso não ter tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho»


«Hoje em dia para mim vê-lo é como assistir pela décima vez ao cinema paraíso.
Continuo a adorar, mas já conheço todas as cenas, já decorei todos os diálogos e não falho uma sequência. No fundo é como se fosse família, já faz parte da mobília.
Prefiro não pensar se ainda o amo ou não, porque no fundo sei que sim, mas ando a convencer-me que tenho direito de me deixar ser amada por outro homem»
Margarida Rebelo Pinto


«Um estudo da Stony Brook University, de Nova Iorque, demonstrou porque é que o primeiro amor nunca se esquece. A razão é muito simples: com o primeiro grande sentimento de amor activam-se de forma completamente nova os circuitos neurológicos da ansiedade e do medo, que são responsáveis por uma espécie de trauma, ou seja, o cérebro é palco de uma verdadeira tempestade bioquímica que ficará marcada para sempre.
Os investigadores afirmam que esta reacção é semelhante em qualquer cultura e, durante a experiencia, observaram que as áreas do cérebro que são activadas quando se mostra a fotografia do tal primeiro amor são as mesmas que regulam os mecanismos da dependência e dos desequilíbrios mentais
Revista saber viver

sábado, julho 3

Livros de xadrez


Cabe-me a mim decidir o meu futuro , criar a minha história ,sem apagar o passado, pois é esse que dá interesse ao livro da minha vida, consegue deixar-me em ânsia pelo próximo paragrafo mesmo sendo eu a escreve-lo.
E depois há um livro á parte , o nosso , onde está neste momento uma breve pausa antecipada por recordações reais do que em tempos fomos ...se nada nesse livro escreveres serei eu própria com tinta permanente a traçar o fim deste romance,drama,comédia,aventura...ou seja uma mistura de inigualáveis sentimentos e recordações que um dia fomos nós.
Finalmente há o livro em que mais vontade e medo tenho de entrar : o teu.
Quero ver que titulo me deste, quantas página sobre mim escreveste...saber se ainda pensas em mim, em nós (se é que isso ainda existe) , quero saber que passo esperas que eu dê a seguir , para dar precisamente o oposto...
Se escreveste mal ou bem?isso não importa pois sei que escreveste algo inesquecível.
Porque no fundo vamos sempre pertencer um ao outro, por mais tempo que passe e por mais voltas que a vida dê o sentimento permanecerá igual, num pequeno baú, á espera de ser aberto...
Num jogo de xadrez serias o rei e eu o peão, é muito mais fácil tacticamente acabares comigo, mas se for eu fazê-lo, termina contigo o jogo, pois és a peça fundamental dele, o meu coração é o tabuleiro e trás em cima todo o teu peso,todo o meu peso, todo o peso do amor há espera que um dia eu faça Xeque Mate.
"Todos nós vivemos do passado, e pelo passado morremos."

sexta-feira, julho 2

O meu vicio é a dor


Não percebo porque não consigo apagar o que entre nós se passou, sinto falta de tudo…
Sabias tão bem como me deixar feliz, eras mais do que alguma vez tinha imaginado que serias, estou tão presa a este passado e enquanto não o enfrentar não vou conseguir seguir em frente.
Tal como um grande sábio disse: ‘Bastou um olhar para te amar, agora para te esquecer só mesmo quando eu morrer’!
A vida é cómica, cheia de círculos amorosos, viciosos e sem fim…o que tu és para mim, alguém será para ti e aquilo que eu represento para ti alguém o representa para mim, ou seja o desprezo que agora me fazes sentir eu faço sentir a outra pessoa, pessoa essa que está a sentir tudo o que sinto e a culpa é minha, ou tua, visto que por tua causa não consigo amar mais ninguém, trancaste e congelaste o meu coração, a chave escondeste-a entre os teus bolsos e só o teu calor fará com que o meu coração volte a bater, estou dependente de ti.
Há cerca de uma semana vi-te, e ai tive de obrigatoriamente voltar para trás, só mesmo para te observar, estavas sozinho e parecia que corria para os teus braços, mas de repente começou a ficar tudo em câmara lenta, o destino avisou-me que era errado, chegou ela, ficaram juntos eu sozinha parada num silencio e uma troca de olhares perturbadores, em vez de me dar força para desistir, esta cena só me deu forças para lutar, fez-me perceber que és demasiado especial para te perder, alias talvez nem sejas assim tão especial, mas a meus olhos não tens qualquer defeito e estas rodeado de qualidades, essas que me fazem olhar para ti petrificada no tempo, como se a eternidade estivesse á minha frente e como se tudo fizesse sentido, no momento em que te vi chegou a vontade de chorar, de alegria por perceber onde pertenço. Eu pertenço-te mas tu tens a chave do meu destino e caberá a ti saber se algum dia a usarás, até lá estou trancada á tua espera enquanto o meu coração gelado ganha teias e anseia pela tua chegada.
“O homem é um aprendiz…a dor a sua mestra”
Hei-de sofrer enquanto residir em mim esta angústia que só neste blog posso divulgar…
Gostava que me dessem conselhos, a vossa opinião, o que acham disto tudo? Deverei desistir ou lutar? O que devo fazer a seguir? Espero pelas vossas respostas e continuarei a publicar aqui a minha história, ajudem-me a dar-lhe um final feliz.